Olha quantos já passaram por aqui

terça-feira, 26 de abril de 2011

Lição 9 - Acidentes

O primeiro acidente criado na música foi o bemol  para evitar o chamado trítono do canto em quartas e em quintas paralelas.
O trítono é um intervalo exato de 3 tons. No canto em quartas paralelas (dó-fá, ré-sol, mi-lá, fá-si, sol-dó...), com exceção do intervalo fá-si (que é o trítono), todos os outros intervalos são compostos por 2 tons e meio (ou 5 semitons).
No canto em quintas paralelas (dó-sol, ré-lá, mi-si, fá-dó, sol-ré, lá-mi, si-fá...), com exceção do intervalo si-fá (trítono), todos os outros tem 3 tons e meio (ou 7 semitons)
Logo, o intervalo si-fá ou sua inversão, fá-si, possuem 3 tons.
O trítono causava um desconforto para os ouvintes e logo foi chamado de "diabolus in musica", sendo proibido pela igreja a execução do mesmo nos cantos.
Para evitar este desconforto é que o bemol foi inventado. Quando se abaixa a afinação de uma corda, esta amolece. O termo bemol vem de si mole (lembrando que a letra B representa a nota si).
Sendo assim, abaixava-se em meio tom a nota si transformando-a no Bb (si bemol). Dai os cantos em quartas e em quintas paralelas ficavam mais melódicos tendo todos os intervalos a mesma distância.
O sustenido vem do italiano "sustener", ou seja, elevar. Ao contrário do bemol que 'amolece' ou  diminui em meio tom a distância entre as notas, o sustenido eleva ou aumenta em meio tom esta distância.

Então ficamos assim:
Se queremos aumentar em meio tom a nota dó (C) ela passa a se chamar dó sustenido (C#) Se queremos diminuir em meio tom a nota ré (D) ela passa a se chamar ré bemol (Db)

Nota importantíssima: Já existem meio tom entre as notas E e F (mi e fá) e B e C (si e dó).
Ao contrário do que muita gente pensa, a expressão mi sustenido, fá bemol, si sustenido e dó bemol, existem na partitura. Só não existem em cifras.

Existem ainda o dobrado sustenido, o dobrado bemol (um aumenta, e o outro diminui em 1 tom a distância entre a notas) e o bequadro que tem a finalidade de anular todos os acidentes. (em ordem nas imagens abaixo)




Aguardem a próxima lição sobre escalas.

Um grande abraço!

Lição 8 - Tom e Semitom

Tom e semitom são intervalos, ou seja, unidades de medida das distâncias entre as notas musicais. Não dizemos que há 1 metro entre uma nota e outra, dizemos que há 1 tom.
O semitom (ou meio tom) é a menor unidade no nosso sistema musical. O tom equivale a dois semitons.

Em alguns instrumentos, é fácil visualizar este conceito.

No piano (ou teclado) a distância entre uma tecla branca ou preta, e sua vizinha imediata é de um semitom.



No violão, bem como, na guitarra e no baixo a distância entre a corda solta e a primeira casa é de um semitom. Em seguida, a distância entre uma casa e a sua vizinha imediata, também é de um semitom.


Vamos entender melhor esta lição, assim que entrarmos na próxima que fala sobre os acidentes. Sendo assim, não percamos mais tempo e vamos direto a ela.

terça-feira, 19 de abril de 2011

Artetude Motora

Olá Pessoal!

Nossa enquete para a escolha do nome da divisão de dança do Artetude foi encerrada com uma vitória esmagadora do ARTETUDE MOTORA (83%)
Agora é só esperar a criação desta divisão. O nome já temos...

Valeu e aguardem novas enquetes.

Abraços!

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Lição 7 - Fórmula de Compasso

Olá amigos,

Antes de falarmos da fórmula de compasso, precisamos entender um conceito antes - os números correspondentes.
Cada figura musical que vimos na lição 4, tem um número correspondente. A semibreve é representada pelo número 1, a mínima pelo número 2 porque são necessárias duas mínimas para formar uma semibreve, a semínima é representada pelo número 4 porque são necessárias 4 semínimas para formar uma semibreve, e assim por diante.

Veja a tabela abaixo:







A fórmula de compasso é escrita no início da partitura logo depois da clave. Ela indica o seguinte:

a) a quantidade de tempos do compasso, e;
b) a figura musical a ser adotada como unidade de tempo, aquela que valerá um tempo no compasso.

Exemplo:

Este é um compasso quaternário onde o número de cima indica a quantidade de tempos e o número de baixo indica a figura que no compasso simples se torna a unidade de tempo


A quantidade de tempos do número de cima da fórmula, são os pulsos que tem que ter dentro de cada compasso. No caso da fórmula do exemplo, são 4 tempos/pulsos no compasso. Toda e qualquer figura que for escrita no compasso deverá somar 4 tempos.
Já na unidade de tempo, que é o número de baixo da fórmula, é só ver a nossa tabelinha acima e ver quem é a figura correspondente. No caso do nosso exemplo, que também é o número 4, a figura correspondente é a semínima. Esta passa a ser a figura que valerá um tempo no compasso, ou seja, eu só posso ter no máximo 4 semínimas em um compasso.


Este é só um exemplo. Na sala aplicaremos outros para ficar mais claro.


Um grande abraço a todos!


quarta-feira, 6 de abril de 2011

Lição 6 - A pauta e as claves

Olá amigos!

Domingo passado tivemos nosso primeiro contato com a pauta (ou pentagrama). Hoje, vamos destrinchar melhor sobre nossa futura e inseparável amiga.

A pauta é o local onde escrevemos a música, onde anotamos todas as informações que um músico precisa para executar uma peça musical, um soneto, um solfejo, enfim, para tocar música!

Ela é composta de um conjunto de 5 linhas e 4 espaços que são contados de baixo para cima (veja figura abaixo)


Na pauta, escrevemos tanto nas linhas como nos espaços. Portanto, é muito importante que esta escrita seja correta para não confundir quem vai tocar a música ali contida.

Veja no exemplo abaixo como as figuras (semibreves) estão escritas bonitinhas nos espaços e nas linhas.

Aí você deve se perguntar: "O que são estes símbolos no canto esquerdo da pauta?" - Pois bem, são as CLAVES!

Lembra quando falamos das cifras, das letras que representam as notas musicais? Pois bem, a CLAVE DE SOL (que está na pauta de cima) é uma adaptação da letra G (sol), e a CLAVE DE FÁ (que está na pauta de baixo) é uma adaptação da letra F (fá).
Se você reparar bem, vai notar que a CLAVE DE SOL é escrita à partir da segunda linha, indicando assim, o nome da nota que estiver nesta linha - o SOL. De modo semelhante, a CLAVE DE FÁ é escrita à partir da quarta linha, indicando assim também, o nome da nota que estiver nesta linha - o .


À partir destas indicações, é fácil descobrir os nomes das outras notas nas outras linhas e espaços. Isto tem que ficar bem claro: NOTAS SÃO ESCRITAS NAS LINHAS E NOS ESPAÇOS.
Outra coisa importante: Sem as claves, as figuras nas pautas não recebem nomes de notas musicais. São só figuras.

Quando precisamos escrever notas mais agudas ou mais graves que não são comportadas na pauta, usamos as LINHAS COMPLEMENTARES SUPERIORES ou INFERIORES.
Não precisa escrever uma linha completa. Basta um pequeno risco abaixo ou no centro da figura.
Veja o DO central da figura acima. Se só tivesse a pauta da clave de , ele estaria em uma LINHA SUPLEMENTAR SUPERIOR. Se só tivesse a pauta da clave de SOL, aí ele estaria em uma LINHA SUPLEMENTAR INFERIOR.

No dia a dia estes conceitos serão facilmente absorvidos.

Façam a brincadeira da mão aberta:


Qualquer dúvida é só postar um comentário ou mandar um e-mail.


Abraços!!!

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Lição 5 - As notas musicais

É quase impossível uma pessoa não conhecer as notas musicais. As famosas dó, ré, mi, fá, sol, lá e si.
O que pouca gente sabe é de onde vieram estes nomes.
Os nomes das notas foram extraídas de uma oração a São João Batista, datada do século XI, pelo italiano Guido D'Arezzo.


A oração era assim:
Ut queant laxis 
resonare fibris
Mira gestorum
famuli tuorum
Solve polluti 
labii reatum
Sacte Ioannes


Antes que alguém pergunte, segue a tradução: 
Para que os servos possam, com suas vozes soltas, ressoar as maravilhas de vossos atos, limpa a culpa do lábio manchado, ó São João!


Em 1640, o também italiano Giovanni Batista Doni trocou o Ut por Do, de Doni, seu sobrenome, claro.


Outra curiosidade são as cifras. Aquelas letras que representam as notas musicais. 
C = do, D =ré, E = mi, F = fá, G = sol, A = lá e B = si


Tem gente que acha que elas são uma notação musical mais atual, que veio para facilitar a leitura das partituras, etc. O que ninguém sabe, é que elas são anteriores à teoria musical.
Os antigos gregos nomeavam as notas musicais com as letras do alfabeto. Após serem conquistados pelos romanos, essas letras foram latinizadas e se tornaram o que são hoje: 


A B C D E F G 


A letra A correspondendo à nota e assim por diante na ordem da escala. Começava-se pela letra A, porque na escala grega, a nota era a primeira nota (não o do, como é hoje) e a escala era descendente - A G F E D C B, ou lá, sol, fá, mi, ré, dó, si. Diferente , não?


Decorem as cifras, porque à partir da próxima aula toda a vez que escrevermos as notas musicais será através delas.


Um grande abraço!

terça-feira, 29 de março de 2011

Lição 4 - As figuras

Olá Pessoal!

Finalmente inauguramos a nossa aula física!
Tivemos uma classe bem cheia com 26 alunos inscritos. Espero não tê-los assustado, afinal, as coisas vão piorar...rs.
Passado o trauma, vamos falar um pouco sobre as figuras que, em notação musical, representam a duração dos sons.
Tivemos um rápido contato com elas na classe, mas vamos aos detalhes:

Se você quer que um som, ou uma nota musical, vibre ou dure por 4 pulsos (ou 4 tempos, como falamos em música), então usamos uma semibreve.

Faça um teste: Diga DÓ e conte até quatro nos dedos, sem interromper o som. Interrompa-o quando for chegar no cinco. Fez? Isto é a duração de uma semibreve.

As figuras tem uma relação de dobro e metade conforme o quadro abaixo.







































Executar as figuras com meio tempo para baixo não são tão difíceis. Veremos isto em classe.
Para cada figura, existe uma pausa com o mesmo valor. Pausas são períodos de silêncio na música e devem ser rigorosamente respeitadas.
Com exceção da semibreve, as demais figuras possuem hastes e bandeirolas, que tanto podem estar para cima, como para baixo. Explicaremos isto também na classe.
É importante entender e assimilar estas figuras, e seus respectivos valores, porque trabalharemos elas exaustivamente nos ditados rítmicos (os famosos tá-tá-tás)

Até a próxima lição!!!

sexta-feira, 25 de março de 2011

Lição 3 - O Compasso

Lembra quando falamos sobre a pulsação? Imagine você dentro de uma casa vazia, e em cada cômodo que você entra tem que bater palmas um determinado número de vezes, com um certo intervalo entre uma palma e outra.
Por exemplo: Você entra em um quatro e bate quatro palmas, entra em outro, e mais quatro palmas. E assim por diante, cômodo a cômodo.
O compasso é exatamente assim. Agrupar pulsações.
O compasso é a divisão da música em partes iguais que pode sofrer alguma variação. Na música, os compassos podem ser organizados em binários, ternários, quaternários, quinários, setenários, etc

Na figura abaixo, os compassos são divididos através de uma barra (chamada barra de compasso). Note que dentro de cada um deles existem figuras (aquelas que veremos na lição 4) que representam as durações das pulsações.

Vamos ver isto melhor no dia a dia.


Um grande abraço!

quinta-feira, 24 de março de 2011

Novidades e Solicitações

Olá amigos!


Adicionamos mais um Gadget no nosso espaço. 
Agora você pode assistir os vídeos do canal do Artetude no Youtube sem precisar sair do blog.
Assim que possível a Naty irá atualizar o canal com outros vídeos.


Seguem algumas solicitações:

  1. Não votem mais de uma vez na enquete. Sejam honestos!
  2. Comentários são bem-vindos nos posts;
  3. Sejam um seguidor do blog. Tenho certeza que quase todos tem uma conta no google (gmail) ou twitter. É só clicar em 'seguir' e se logar.


Abraços!!!

quarta-feira, 23 de março de 2011

Lição 2 - Melodia e Harmonia

- Como é mesmo a melodia daquela música? - Pergunta Pedro para o amigo João;
- Hummm!!! Lá, lá, lá, ri, lá, lá...começa cantarolar João

Bom, para ficar super-mega-simples de entender, MELODIA é a música cantada ou tocada por uma só voz.
Em termos um pouquinho mais técnico, MELODIA é quando executamos as notas musicais de forma sucessiva, ou seja, uma após a outra.

Cante para si mesmo a famosa música "Atirei o pau no gato". A melodia é inconfundível, não é?
Se duas ou três pessoas cantassem a mesma música do mesmo jeitinho, ainda assim seria MELODIA (salvo se cantassem em oitavas diferentes - alguém cantaria mais grosso - grave, e outro cantaria mais fino - agudo)
Agora, se cada uma delas cantassem "Atirei o pau no gato" com melodias diferentes, aí teríamos uma HARMONIA.
Logo, HARMONIA é a música cantada ou tocada por mais de uma voz ao mesmo tempo.

Resumindo para memorizar:

MELODIA - Notas musicais cantadas ou tocadas sucessivamente.
HARMONIA - Notas musicais cantadas ou tocadas simultâneamente.

Um bom exemplo de HARMONIA encontramos em músicas entoadas por duetos, quartetos e corais.
Já a MELODIA é mais fácil. Imaginem um coral entoando uma música, e de repente um solista vem a frente e canta sozinho. Isto é MELODIA.

Fácil não?

Um abraço e até a próxima!

Estão todos lá no Salmo 150


Salmo 150
Aleluia! Louvem a Deus no seu santuário, louvem-no no seu poderoso firmamento.
Louvem-no pelos seus feitos poderosos, louvem-no segundo a imensidão de sua grandeza!
Louvem-no ao som de trombeta, louvem-no com a lira e a harpa, louvem-no com tamborins e danças, louvem-no com instrumentos de cordas e com flautas, louvem-no com címbalos sonoros, louvem-no com címbalos ressonantes.
Tudo o que tem vida louve o Senhor! Aleluia!
(Versão NVI)

Quando lemos o salmo acima, vemos que todos os instrumentos da atualidade estão ali representados por seus 'antepassados'.

Temos a trombeta, que além de ainda existir nos dias de hoje, também tem as suas variações como o trompete, o trombone, a tuba e outros instrumentos de sopro da linha dos metais.
A Lira (em algumas versões da bíblia está como saltério) e a Harpa são instrumentos de cordas. Aí é fácil. Temos o violão, a guitarra, o baixo, o violino e tantos outros.

Saltério

O tamborim é um instrumento de percussão e podemos ver variações dele, por exemplo, em uma bateria (formada por caixa, tons, surdos e bumbo)
Na sequência temos a flauta, que é um instrumento melódico de sopro. Hoje ainda temos a flauta, mas temos também o clarinete e o saxofone.
Os címbalos nada mais são do que pratos, e também são da família dos instrumentos de percussão. Juntamente com o tamborim (ou adufe) formam a atual bateria.

Pratos Orquestrais (Címbalos)


Como vocês podem ver, o Rei Davi sabia explorar o máximo de instrumentos possíveis para o louvor e a adoração ao Senhor.

Faço minhas as palavras dele: Tudo o que tem vida louve o Senhor!

Até a próxima!!!


terça-feira, 22 de março de 2011

Lição 1 - O pulso ainda pulsa

Já reparou naquele estalar de dedos, ou naquela batidinha de pé, toda a vez que ouvimos uma música e queremos acompanhar o seu ritmo?
Pois é, isto em música se chama marcar o ritmo.
Chamamos de pulso ou pulsação a marcação de um ritmo. O pulso é a unidade métrica que deixa o ritmo organizado.
Imagine agora uma banda onde cada músico medisse esta pulsação de maneira desordenada. O que vai acontecer, é que cada um poderá tocar mais rápido ou mais devagar que o outro deixando a música bem embolada.
O pulso nos permite medir a duração do som dentro do espaço de tempo entre um pulso e outro.
Na música, existem figuras que representam estas durações de sons, mas veremos isto na lição 4.


Curiosidade: A pulsação na música foi necessária para ajudar a sincronizar as diversas vozes no inicio da polifonia, no século IX. 
Nesta época já estava em prática os cantos com diversas vozes simultâneas, e a coisa estava bem bagunçada.
Acho que alguém começou a estalar os dedos, ou bater o pé, para pôr ordem na casa.


Até a próxima!

Seja bem-vindo ao Sonora!

Olá amigos!

À partir de agora, estaremos juntos neste espaço para falarmos sobre música. É isto mesmo! Para você que está matriculado nas aulas de música da IBNVM, e para você que não está também, mas quer aprender.
Antes de mais nada, precisamos deixar claro que este espaço é para iniciantes. Portanto, é importante que haja paciência em acompanhar tópico à tópico, sem atropelar as matérias, mesmo que você já tenha algum conhecimento.

Ah! Antes que alguém pergunte o por quê do nome do blog, vai a explicação:

Quando o Artetude (que hoje está mais focado no trabalho com teatro na IBNVM) foi criado, a idéia era que todas as formas de artes pudessem ser expressadas através deste trabalho, visando a propagação da Palavra de Deus e a edificação do Corpo de Cristo.
Sendo assim, três ramificações foram idealizadas: Teatro, música e dança.

O super conceituado grupo de teatro, todos já conhecem. Agora é hora de arregaçar as mangas e descobrir alguns talentos musicais.
E para isto acontecer, inauguramos a divisão de música do Artetude que batizamos de Sonora. O significado do nome dispensa explicações.

Esperamos muito em breve podermos alavancar os trabalhos com dança. Mas isto é outra história, e outro blog.

Um grande abraço a todos, e curtam à vontade o Sonora!